Greve na Alstom Taubaté por vale-alimentação começa na segunda (01/12), diz Sindicato
Uchoas reforçou que o Sindmetau permanece aberto ao diálogo: “Com a decisão pela greve, vamos aguardar a posição da empresa para retomar ou não as conversas”. Apesar da divergência em relação ao valor do vale-alimentação, houve avanço nas discussões sobre a PLR (Participação nos Lucros e Resultados), com valores já estabelecidos até 2027.
A Alstom produz trens e conta atualmente com aproximadamente 700 trabalhadores e trabalhadoras na planta de Taubaté, instalada na cidade desde 2015. A unidade integra projetos de mobilidade para cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Santiago (Chile), Taipei (Taiwan) e Bucareste (Romênia), reforçando a importância da fábrica para a cadeia industrial do Vale do Paraíba.
Por que a greve na Alstom Taubaté por vale-alimentação foi aprovada
O ponto central da greve na Alstom Taubaté por vale-alimentação é o valor do benefício que será pago mensalmente aos trabalhadores. Segundo o Sindmetau, a categoria considera que a proposta da empresa não acompanha o custo da cesta básica e das despesas de alimentação na região, especialmente em um momento de alta de preços e perda de poder de compra.
Nas cinco rodadas de negociação, o Sindicato apresentou contrapropostas e buscou aproximação com a direção da fábrica, mas não houve avanço suficiente para atender às reivindicações. Na audiência no TRT, o juiz sugeriu um valor intermediário, aceito pelos trabalhadores, mas recusado pela empresa, o que acirrou o clima e levou à aprovação da paralisação.
O sindicato destaca que o vale-alimentação é um benefício essencial para o orçamento das famílias metalúrgicas e que a mobilização é vista como uma forma de pressionar a empresa a reavaliar sua posição, sem interromper a disposição para o diálogo.
Em outras empresas da região, como Gerdau e Embraer, aumentos significativos no vale-alimentação e melhorias em benefícios foram conquistados após processos de greve e negociação, o que serve de referência para os trabalhadores da Alstom.
Como a greve na Alstom Taubaté por vale-alimentação impacta produção e empregos
A greve na Alstom Taubaté por vale-alimentação deve impactar diretamente a produção de trens na fábrica instalada em Taubaté, no Vale do Paraíba, responsável por projetos de mobilidade urbana no Brasil e no exterior. A unidade já foi destaque por ciclos de expansão e geração de empregos na cidade.
Nos últimos anos, a Alstom anunciou planos de expansão da planta em Taubaté, com projeções de até 750 empregos e produção de composições para linhas de metrô em São Paulo, Santiago, Bucareste e Taipei, consolidando a cidade como um polo estratégico para a empresa na América Latina.
Agora, com a paralisação, a tendência é de atrasos em cronogramas de produção e pressão adicional sobre a empresa para construir uma solução negociada com o Sindmetau.
O sindicato avalia que uma saída equilibrada, com ajuste no vale-alimentação e respeito ao acordo de PLR já firmado até 2027, é o caminho para reduzir impactos econômicos e garantir estabilidade para os cerca de 700 trabalhadores e trabalhadoras da unidade.
O histórico recente mostra que a relação entre Alstom e trabalhadores em Taubaté tem passado por momentos de tensão, como o episódio em que o sindicato alertou para a possibilidade de até 500 demissões na fábrica, em 2024, o que também levou a estado de greve na época.
Próximos passos da greve na Alstom Taubaté por vale-alimentação e negociações
Com o início da greve na Alstom Taubaté por vale-alimentação nesta segunda (1º), o Sindmetau deve manter presença na porta da fábrica, acompanhando a adesão dos turnos e fazendo novas assembleias para informar a categoria sobre qualquer movimentação da empresa.
O sindicato afirma que está disposto a retomar imediatamente as conversas caso a empresa apresente uma proposta mais próxima do que foi construído na audiência do TRT. Uma nova rodada de negociações também pode ser agendada na Justiça do Trabalho, caso as partes entendam que a mediação é o melhor caminho para encerrar o impasse.
Enquanto isso, os trabalhadores seguem mobilizados. O Sindicato reforça que, além do vale-alimentação, a manutenção dos valores da PLR até 2027 ajuda a dar previsibilidade de renda aos metalúrgicos e metalúrgicas de Taubaté, em um cenário de oscilações na indústria e na economia nacional.
Outro lado
O Vale 360 News fez contato com a empresa que se manifestou por meio de nota na qual diz que “realizou diversas tentativa de negociação com o sindicato e tem compromisso com a garantia de empregos na fábrica de Taubaté. Leia a nota abaixo.
“A Alstom lamenta o anúncio feito pelo SINDIMETAU sobre a paralisação parcial das atividades em Taubaté. A Companhia realizou diversas tentativas de negociação, mas tem a responsabilidade de tomar decisões que assegurem os mais de 1.400 empregos que gera no Brasil hoje. Nesse sentido, entende que as reivindicações apresentadas pelo sindicato ultrapassam o que é possível atender com responsabilidade e visão de longo prazo.
Alinhado a este compromisso, a empresa apresentou propostas compatíveis com a sustentabilidade da operação em Taubaté, incluindo reajuste do PLR acima da inflação e a implementação de um novo benefício de vale-alimentação.
A Alstom espera avançar em um entendimento equilibrado para todos, de forma a viabilizar a retomada total das operações da unidade o mais breve possível.”.

Perguntas frequentes sobre a greve na Alstom Taubaté por vale-alimentação
Quando começa a greve na Alstom Taubaté por vale-alimentação?
A greve na Alstom Taubaté por vale-alimentação começa a partir desta segunda-feira (1º de dezembro), por decisão aprovada em assembleia dos trabalhadores e trabalhadoras realizada nesta sexta-feira (28), conduzida pelo Sindmetau.
Quem participa da greve na Alstom Taubaté por vale-alimentação?
A greve foi aprovada pelos trabalhadores e trabalhadoras da unidade da Alstom em Taubaté, que reúne cerca de 700 pessoas em diferentes setores da fábrica, segundo o próprio sindicato. A paralisação atinge principalmente a área de produção, onde estão concentrados os metalúrgicos ligados ao Sindmetau.
Qual é a principal reivindicação na greve na Alstom Taubaté por vale-alimentação?
A principal reivindicação é o reajuste do vale-alimentação (VA) em um valor considerado suficiente para cobrir as despesas básicas de alimentação das famílias dos trabalhadores. A proposta apresentada pelo juiz do TRT foi aceita pela categoria, mas recusada pela empresa, o que levou à aprovação da greve.
A PLR está incluída na pauta da greve na Alstom Taubaté por vale-alimentação?
Não. Segundo o Sindmetau, já houve avanço nas negociações da PLR e os valores estão definidos até 2027. O foco da greve na Alstom Taubaté por vale-alimentação é exclusivamente o valor do VA a ser pago aos trabalhadores.
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