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Pantoja cita influência de Cristiano Ronaldo antes de defesa do cinturão no UFC 323

Pantoja cita influência de Cristiano Ronaldo antes de defesa do cinturão no UFC 323

Alexandre Pantoja vive, sem exageros, o melhor momento de sua carreira. Às vésperas da quinta defesa consecutiva do cinturão peso-mosca, no UFC 323, contra o promissor Joshua Van, o campeão mostra uma confiança madura não aquela empolgada, mas a construída dia após dia, com disciplina, renúncia e a certeza de que reinventou sua rotina para sustentar o topo.

“Hoje em dia eu sou um cara muito mais saudável do que eu era há dois anos atrás, quando eu ganhei o cinturão e hoje em dia eu não bebo mais. Tem quase dois anos que eu não bebo e isso fez muita e trouxe muita qualidade de vida também”, declarou Pantoja

A fase é tão boa que Pantoja fala de sua preparação como quem descreve uma transformação pessoal completa. Ele conta que hoje tudo é cronometrado: horários de treino, descanso, alimentação, convivência com os filhos. A disciplina virou estilo de vida. O campeão explica que reinveste boa parte do que ganha em estrutura, acompanhamento, tecnologia e tudo o que possa aumentar seu desempenho. Se antes se via como um lutador talentoso, agora se enxerga como um atleta completo, construído e lapidado dentro da American Top Team, onde acredita ter passado por uma verdadeira evolução profissional.

Pantoja admite que, quando chegou à ATT, ainda não entendia o que era ser atleta de alto rendimento. Hoje, aos 35 anos, acredita estar fisicamente superior ao que era quando conquistou o cinturão. A referência a nomes como Cristiano Ronaldo aparece naturalmente quando ele fala de longevidade. Para ele, estar nessa fase da carreira não é um acaso, mas a soma de centenas de decisões tomadas ao longo dos últimos anos desde colocar seus filhos para dormir cedo e acompanhá-los, até entender que cada detalhe pode influenciar diretamente no desempenho no octógono.

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Pantoja exalta auge e vê peso-mosca em sua melhor fase no UFC

Campeão afirma que vive há dois anos o melhor momento da carreira

Essa mudança de comportamento não veio de um único momento. Pantoja descreve como um processo contínuo, alimentado por erros, acertos e amadurecimento. Vira e mexe, a vida bagunçou seus planos, exigindo que ele ajustasse o rumo e aprendesse com cada turbulência. Uma dessas lições veio depois da dura luta contra Steve Erceg, no UFC 301, no Rio de Janeiro, cuja performance não o agradou. Ele percebeu que precisava corrigir pequenos comportamentos, ajustar a mentalidade e ouvir mais sua equipe.

Uma frase marcante de um de seus treinadores o acompanhou como um mantra recente: não há mais tempo para errar. Depois de tantos anos na elite do MMA, pequenas falhas podem custar caro, e Pantoja decidiu que não desperdiçaria sua melhor fase. O resultado está aí: cinco lutas de título em dois anos e uma confiança alta mas controlada para enfrentar Joshua Van.

Sobre o futuro da categoria, o campeão é direto: acredita que o peso-mosca vive sua melhor fase, oferecendo lutas emocionantes e grande variedade de estilos. Acha que está um passo à frente devido à sua experiência, à sua história e ao momento físico que atravessa. Observa que já conhece o caminho para o cinturão e que faz questão de não se acomodar, sempre adicionando novos desafios à própria trajetória. Calcula que ainda tem pelo menos mais dois anos de performances de alto nível, desde que se mantenha confortável, saudável e competitivo como hoje.

Mesmo assim, ele não deixa de sonhar com possíveis superlutas, e o nome de Kyoji Horiguchi surge naturalmente. A relação entre eles vai muito além da rivalidade: Horiguchi foi um dos grandes responsáveis por elevar o nível de Pantoja quando ele chegou à American Top Team. O japonês o inspirou, ajudou sua família, participou diretamente de sua evolução como atleta.

Ainda que Pantoja reconheça a dificuldade emocional que seria enfrentá-lo afinal, já fizeram mais de cem rounds de sparring juntos e sempre houve respeito ele sabe que, profissionalmente, uma luta entre os dois seria histórica. Algo épico. Uma espécie de capítulo final entre mestre e discípulo, mas com cinturão em jogo. Uma honra para ambos e uma batalha que entraria para a história da divisão.

Outro sonho que pode se tornar realidade é um evento especial do UFC na Casa Branca. Pantoja vê essa possibilidade como algo grandioso, digno da potência esportiva que os Estados Unidos representam. Lutar em um lugar tão simbólico seria, segundo ele, mais um marco pessoal e profissional. Se pudesse escolher o adversário para esse palco, já tem seu nome ideal alguém que considera um dos grandes nomes da divisão, alguém que gostaria de dar a chance de disputar o cinturão: Kyoji Horiguchi.

A emoção é evidente quando fala do futuro, mas o foco permanece no presente: Joshua Van é o próximo obstáculo. E Pantoja sabe que, para manter o cinturão, precisa continuar sendo aquilo que se tornou um atleta disciplinado, consciente, completo e vivendo seu auge aos 35 anos.

Caio Rocha

Sou Caio Rocha, redator especializado em Tecnologia da Informação, com formação em Ciência da Computação. Escrevo sobre inovação, segurança digital, software e tendências do setor. Minha missão é traduzir o universo tech em uma linguagem acessível, ajudando pessoas e empresas a entenderem e aproveitarem o poder da tecnologia no dia a dia.

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